A NOITE ESCURA ENCOBRE A NATUREZA
A noite escura encobre a natureza.
Pela janela, o breu ante meus olhos
Mal permite distinguir algum contorno
Das altas copas das árvores da mata.
Os tons verdes se perderam por completo
E até o azul do céu em chumbo se tornou.
Nem uma estrela, nem a lua, nem cometa
A negritude da noite suaviza.
Se a visão vai-se tornando ociosa,
Já o ouvido faz-se perspicaz e atento,
Pois da noite brotam sons que à luz do dia
Escondem-se em recônditos da mata.
Contornos nebulosos e ruídos desconhecidos
Vão tecendo em minha mente de escritor,
Como outrora na crença do caboclo,
Mil histórias e figuras tenebrosas.
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